A minha infância foi profundamente marcada por acontecimentos históricos, mas também por vivências inesquecíveis.
O meu processo criativo enquanto artista é sempre intenso, até sofrido, resultado de toda uma experiência de vida. A ansiedade está sempre presente; esperar é sofrer. Não há “tempos de inspiração”.
Sou um apaixonado pelos materiais que exploro, pelas cores, cheiros e texturas que constantemente me levam aos locais por onde passei.
As ideias e as soluções surgem como uma cascata impossível de parar, tão básico como a necessidade de respirar. Para mim, um bloco de mármore ou uma tela em branco pode conter o mundo inteiro cheio de emoções e sentimentos que urgem ser libertados.
São esses os sentimentos que revelo em cada trabalho, em cada escultura ou pintura. Cada obra toca-me numa relação amor-ódio, obras que brotam das minhas mãos como se eu não existisse, ou como se nunca as tivesse tocado.